Zico: Conheça a Emocionante história do camisa 81 do Flamengo

Envie nas redes

Origens e Início da Carreira

Artur Antunes Coimbra, mais conhecido como Zico, nasceu em 3 de março de 1953 no Rio de Janeiro, Brasil. Desde muito cedo, ele estava imerso no mundo do futebol, pois seu pai presenteava cada filho recém-nascido com uma camisa do Flamengo. Além disso, dois dos seus irmãos eram jogadores profissionais do América.

Mesmo sendo pequeno e magro, Zico já chamava a atenção de todos quando jogava futebol nas ruas e campos de terra. Em 1966, aos 13 anos, o jornalista Celso Garcia, que tinha influência dentro do Flamengo, viu o talento do jovem Zico e decidiu levá-lo para o clube. No entanto, o físico de Zico não agradava o Flamengo, que acreditava que ele seguiria o mesmo caminho do irmão, que apesar de jogar muito, nunca conseguiu ir para um time grande ou para a Seleção Brasileira.

Para superar essa barreira, Zico teve que fazer um tratamento rigoroso, incluindo injeções de hormônios, uma super alimentação e muita musculação. Aos 17 anos, em 1970, ele havia ganhado 11 cm de altura e 16 kg, estando pronto para se tornar um profissional.

Ascensão no Flamengo e Seleção Brasileira

Zico fez sua estreia profissional pelo Flamengo em 1971, aos 18 anos. Nesse ano, o Flamengo não conquistou nenhum título, mas Zico já demonstrava seu talento, jogando 11 partidas e marcando 2 gols. Ele também participou do pré-olímpico, inclusive marcando o gol que classificou o Brasil para as Olimpíadas de 1972.

No entanto, na temporada de 1972, o técnico Zagalo achou que Zico havia sido lançado prematuramente e o descartou do time profissional, deixando-o sem jogar e sem treinar. Isso fez com que Zico não fosse convocado para as Olimpíadas, o que foi uma grande decepção para ele, chegando a pensar em desistir do futebol.

Em 1973, Zico retornou ao time profissional do Flamengo, mas ainda como reserva. Nesse ano, conquistou seu primeiro título: a Taça Guanabara. Em 1974, Zico finalmente ganhou a titularidade e a camisa 10 do Flamengo, que nunca mais largaria. Nesse ano, ele foi eleito o melhor jogador do Campeonato Carioca e recebeu a Bola de Prata do Brasileirão como o melhor meio-campista.

Nos anos seguintes, Zico continuou se destacando individualmente, sendo artilheiro e eleito o melhor jogador em diversas competições. Em 1976, ele fez sua estreia na Seleção Brasileira, conquistando o Torneio Bicentenário dos Estados Unidos.

Conquistas com o Flamengo e a Seleção Brasileira

A década de 1980 foi um período de grande sucesso para Zico. Ele conquistou diversos títulos com o Flamengo, como a Taça Guanabara, o Campeonato Carioca e o Campeonato Brasileiro. Em 1981, Zico viveu seu ano mais vencedor, conquistando a Taça Libertadores da América e o Mundial de Clubes, sendo eleito o melhor jogador da final.

Pela Seleção Brasileira, Zico participou de duas Copas do Mundo, em 1978 e 1982. Apesar de não ter conquistado o título, ele foi um dos destaques da equipe, sendo eleito o terceiro melhor jogador da Copa de 1982.

Em 1983, Zico conquistou seu terceiro título do Campeonato Brasileiro e foi eleito pela segunda vez o melhor jogador do mundo. Nesse mesmo ano, ele deixou o Flamengo para jogar na Udinese, da Itália, onde se destacou na primeira temporada, terminando apenas um gol atrás da artilharia do Campeonato Italiano.

Problemas com Lesões e Aposentadoria

Na temporada 1984-1985, Zico sofreu com lesões e jogou muito pouco. Ele também enfrentou problemas com a justiça italiana, acusado de não pagar corretamente seus impostos. Após duas temporadas na Udinese, Zico decidiu retornar ao Flamengo em 1985, com o objetivo de se preparar para a Copa do Mundo de 1986.

No entanto, em agosto desse ano, Zico sofreu uma entrada criminosa em um jogo contra o Bangu, o que o obrigou a ficar parado por muito tempo. Essa lesão afetou seu rendimento nos anos seguintes, incluindo a Copa do Mundo de 1986, na qual o técnico Telê Santana o deixou no banco de reservas na maior parte dos jogos.

Mesmo com os problemas no joelho, Zico não desistiu e continuou jogando pelo Flamengo até 1990, conquistando mais alguns títulos. Nesse ano, aos 37 anos, ele se aposentou do futebol brasileiro, deixando um legado de 732 partidas e 500 gols pelo Flamengo, além de 89 jogos e 66 gols pela Seleção Brasileira.

Legado e Reconhecimento

Zico é considerado um dos maiores jogadores de todos os tempos. Apesar de não ter conquistado a Copa do Mundo, sua trajetória no Flamengo e na Seleção Brasileira o consagrou como um dos ícones do futebol mundial. Ele foi eleito o melhor jogador do mundo em duas ocasiões e é reverenciado por sua habilidade técnica, visão de jogo e capacidade de fazer gols.

Após se aposentar do futebol brasileiro, Zico ainda jogou pelo Kashima Antlers, no Japão, até 1994, aos 41 anos. Lá, ele fez uma grande contribuição para o desenvolvimento do futebol japonês, ajudando a transformá-lo em uma paixão nacional.

Em sua carreira, Zico jogou 849 partidas, marcou 583 gols e conquistou 29 títulos. Sua trajetória é uma das mais brilhantes e inspiradoras da história do futebol, servindo de exemplo para as gerações futuras de jogadores e fãs do esporte.

Veja também: Conheça toda a HISTÓRIA do gênio MANÉ GARRINCHA

Abrir Whatsapp
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?